Atestado médico para esportes será mais exigente :
13-05-2010
JULLIANE SILVEIRA
da Reportagem Local
JULLIANE SILVEIRA
da Reportagem Local
A partir de agosto, o atestado médico exigido em academias, clubes e competições para a prática de atividades físicas deverá incluir informações sobre o tipo e a intensidade dos exercícios permitidos e explicitar quais as limitações da pessoa.
As regras são parte das primeiras diretrizes em cardiologia do esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que também indicarão exames para atletas, deficientes e interessados em começar a praticar alguma modalidade esportiva.
A criação de um laudo padrão mais detalhado ajudará a minimizar problemas na atividade física,
segundo a cardiologista Luciana de Matos, do Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein. Hoje, os atestados são muito genéricos.
"Quem faz judô tem um treinamento totalmente diferente de um corredor. O atestado para liberar não pode ser tão simplista: isso é um ato médico e precisamos ser mais específicos", diz Matos.
"Ridículos" e falsos
As novas regras servirão de referência para que médicos de todo o país exerçam maior controle sobre as condições cardiovasculares de seus pacientes que praticam esporte recreacional ou competitivo.
"Há atestados ridículos. Como o médico libera o paciente "em geral'? Já vi outro que liberava o paciente para uma prática sem esforço. O que é isso?", questiona o cardiologista Nabil Ghorayeb, presidente do grupo de estudos em cardiologia no esporte da sociedade e editor das diretrizes.
O modelo de atestado orientará o professor de educação física a lidar com o aluno. "Isso ajudará a reduzir os atestados falsos que são distribuídos por aí", acrescenta Ghorayeb.
Com as diretrizes, pretende-se evitar acontecimentos como a morte súbita -caso do jogador de futebol Frederico Pinheiro, 26, que morreu no sábado, de parada cardíaca, durante uma partida da série B do Campeonato Carioca.
Médicos afirmam que exames prévios básicos (avaliação clínica, eletrocardiograma e exame de sangue) ajudam a prever riscos no esporte. Mas são poucos os atletas que se submetem a eles.
Levantamento feito em 2009 pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia mostrou que 65% dos 7.500 esportistas que já passaram pelo departamento de medicina esportiva da instituição nunca fizeram um exame cardiológico.
Por isso, os médicos deverão indicar o eletrocardiograma para todas as pessoas que praticam atividade regular de nível moderado a intenso.
"O esporte por si só não mata. Mas a doença de base, com a intensidade de exercício, pode atuar como gatilho para desencadear o problema", explica Luciana de Matos.
Pesquisas realizadas na Itália, onde esses exames são obrigatórios por lei, mostram que a avaliação clínica e o eletro reduziram os casos de morte súbita em 89%, em comparação ao período em que não eram compulsórios.
As regras são parte das primeiras diretrizes em cardiologia do esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que também indicarão exames para atletas, deficientes e interessados em começar a praticar alguma modalidade esportiva.
A criação de um laudo padrão mais detalhado ajudará a minimizar problemas na atividade física,
segundo a cardiologista Luciana de Matos, do Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein. Hoje, os atestados são muito genéricos.
"Quem faz judô tem um treinamento totalmente diferente de um corredor. O atestado para liberar não pode ser tão simplista: isso é um ato médico e precisamos ser mais específicos", diz Matos.
"Ridículos" e falsos
As novas regras servirão de referência para que médicos de todo o país exerçam maior controle sobre as condições cardiovasculares de seus pacientes que praticam esporte recreacional ou competitivo.
"Há atestados ridículos. Como o médico libera o paciente "em geral'? Já vi outro que liberava o paciente para uma prática sem esforço. O que é isso?", questiona o cardiologista Nabil Ghorayeb, presidente do grupo de estudos em cardiologia no esporte da sociedade e editor das diretrizes.
O modelo de atestado orientará o professor de educação física a lidar com o aluno. "Isso ajudará a reduzir os atestados falsos que são distribuídos por aí", acrescenta Ghorayeb.
Com as diretrizes, pretende-se evitar acontecimentos como a morte súbita -caso do jogador de futebol Frederico Pinheiro, 26, que morreu no sábado, de parada cardíaca, durante uma partida da série B do Campeonato Carioca.
Médicos afirmam que exames prévios básicos (avaliação clínica, eletrocardiograma e exame de sangue) ajudam a prever riscos no esporte. Mas são poucos os atletas que se submetem a eles.
Levantamento feito em 2009 pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia mostrou que 65% dos 7.500 esportistas que já passaram pelo departamento de medicina esportiva da instituição nunca fizeram um exame cardiológico.
Por isso, os médicos deverão indicar o eletrocardiograma para todas as pessoas que praticam atividade regular de nível moderado a intenso.
"O esporte por si só não mata. Mas a doença de base, com a intensidade de exercício, pode atuar como gatilho para desencadear o problema", explica Luciana de Matos.
Pesquisas realizadas na Itália, onde esses exames são obrigatórios por lei, mostram que a avaliação clínica e o eletro reduziram os casos de morte súbita em 89%, em comparação ao período em que não eram compulsórios.
Fonte - http://www1.folha.uol.com.br